fevereiro 05, 2015

fatalidades

Parece que o mundo tem um jeito de trazer de volta aquilo que um dia perdemos. É como voltar a casa. Podemos visitar outros lares, passar uns tempos entre outras fronteiras, conhecer outros sabores e lembrar vários cheiros. Podemos apaixonar-nos e partir corações. 
Mas o comboio volta sempre à linha que une o que não pode estar separado. Desfia-se, mas não se desfaz. A vida faz das tripas coração e se não encontrar tripas faz de nós o que quiser.

Um milénio sem te ver e numa noite não me desapareces da vista. Era suposto isso mudar alguma coisa? 

Não há nada como o conforto e o alívio de que há sempre um sítio à nossa espera. E a nossa motivação é essa: saber que, no fim de tudo, podemos sempre voltar a casa. Seja ela o destino que for, e o destino não falha. Não acredito em Deus. Deus queira que o meu destino nunca tenha sido tu.

dezembro 25, 2014

perdoam-me?

Eu sei que vos pedi mais 'sal'. Mas a verdade é que a minha vida tem sido uma mistura perigosa de condimentos, especiarias, texturas e sabores. Uns dias doce, uns dias amarga. E agora o prato já foi servido, a mesa repleta de bolos e doces, os copos meio cheios ou meio vazios, whatever. Os meus últimos meses têm parecido um rodízio. Não de pizza, não de carnes ou de marisco. Muito menos de sushi. Mas um rodízio de emoções. Sentimentos que não deviam ser medidos ao peso, mas que pesam - lá isso pesam! E o pior de tudo é que estavam carregados de sal, quando eu pensava que eram demasiado doces. Bem, pelo menos nisso acertei - demasiado bom para ser verdade. Que tensão aguentaria? Pelos vistos, a minha. 
Estou de volta, quase quase a aterrar, espero que também cá estejam!


novembro 19, 2014

mais sal, por favor

Hoje, entre corridas atrasadas e poças mais molhadas do que o costume, caí em mim e pensei "bolas, este blogue era suposto ser salgado e não assim tão docinho". Pois, eu sei que ultimamente a minha ausência não tem vindo a ser compensada pelos poucos posts que tenho publicado. Isto por aqui anda demasiado doce, com muitos cubinhos de açúcar mergulhados na chávena de café. Por isso, peço-vos a vocês que devolvam algum sal a esta maré! 
Deixem em comentário, anónimo ou não, algo que vos apimente a vida. A pessoa que é tudo menos um "pãozinho sem sal"; o alimento tentação ao qual tentam, por tudo, resistir; a música que vos salga a alma. Qualquer coisa, menos doce. Porque o doce em demasia também enjoa. Vamos lá salvar esta página de uma intoxicação alimentar!